quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MÚSICA PARA O TEXTO: SEMPRE É TEMPO DE RECOMEÇAR


SEMPRE É TEMPO DE RECOMEÇAR


                Certo dia, próximo a rua onde moro, um prédio, condenado pela justiça por ter sido construído em uma área de risco, desabou. O local parecia uma zona de guerra: partes dos apartamentos por todos os lados, quartos, cozinhas, banheiros, tudo era uma grande massa misturada. Para as famílias que moravam nos apartamentos, cada pedra era uma lembrança daquele lar seguro onde um dia eles se alegraram, choraram, brigaram e festejaram, onde o tempo passou. As paredes cheias de histórias estavam em pedaços, o chão seguro, com o piso de madeira, estava espalhado por todos os lados. A vida, os sonhos realizados e os que estavam por vir, tudo destruído. Mesmo sem dizer sequer uma palavra, os olhares falavam pelas famílias: E agora?
                O tempo passou e não foi nada fácil limpar a bagunça: caminhões cheios de entulhos cruzavam minha rua o dia todo, tratores com pás afiadas retiravam as memórias perdidas em meio aos escombros, pedreiros carregavam os objetos menores e preparavam para começar a obra de restauração da rua e jornalistas se aproveitavam da tristeza familiar para criarem notícias exageradas. Depois de uma longa e demorada obra, lá estava o terreno, sem escombros, sem sujeira, estava limpo e protegido. Para quem visitava pela primeira vez, era possível acreditar que nunca houve um prédio mal construído ali. Era o fim de uma obra mal construída cedendo espaço para outra melhor planejada. A tristeza de perder tudo ainda assombrava as famílias, mas não adiantava recolher os pedaços caídos, eles já estavam velhos e quebrados, era necessário recomeçar, com material novo e com sonhos novos.
                Nossa vida é uma cidade, com diversas casas e prédios que vamos construindo. Cada um deles é uma obra que realizamos: trabalho, romances, amizades, religião e cada um têm sua própria arquitetura e proporção. Alguns amigos são prédios enormes, outros são casinhas com um grande jardim. Nossa vida profissional também vai crescendo, ocupando terrenos maiores, algumas vezes derrubando outras construções para ocupar seu espaço. Nossos romances são grandes praças, com belos jardins, fontes e sorrisos e claro, sempre temos nossa igreja, seja ela um grande templo ou apenas um pequeno altar.
                Ao longo de nossa caminhada pela vida, nossa cidade sofre com prédios mal construídos, ocupações em áreas indevidas, lixo acumulado, enfim, tudo o que qualquer município sofre. Logo esses problemas se tornam grandes demais e se não cuidados, assim como o prédio próximo a minha casa, partes de nossa vida podem desabar. Uma vez no chão, a obra de limpeza pode ser terrivelmente longa, isso se tivermos força para começar a retirar toda a sujeira. Muitas vezes, o estrago é tão grande que preferimos deixar tudo como está e apenas chorar diante de nossos sonhos destruídos, sem perceber que a bagunça não vai sair sozinha.
                Como é difícil depois de anos de trabalho, de construção de uma carreira, de ver sua casinha como estagiário se tornar uma cobertura no mais alto prédio, perder o emprego e ver toda uma história virar entulho. Como é difícil depois de anos de namoro, de se doar completamente, de planejar uma vida juntos, romper e ficar sozinho mais uma vez. Como é difícil depois perder o sentido de viver, reconstruir razões para recomeçar, olhar os entulhos e aprender que mesmo que a vida inteira desabe, sempre tem mais vida pela frente. Assumir que a obra não vai ser fácil, mas é necessária.
Deixar os entulhos acumulados não pode fazer parte de nossa história, temos que limpar, por mais doloroso que seja, precisamos olhar as paredes caídas e entender a razão da queda, para então iniciar uma obra nova, sem os erros cometidos na construção anterior. Temos que aprender que o lixo das obras e pessoas que passaram na nossa vida e geraram tanto estrago não precisa ser reaproveitado, o mundo tem muitas pessoas novas e muitas histórias novas para construirmos, mas precisa ser limpo e jogado fora. Que nosso sofrimento seja causado por jogar os entulhos fora e não tentando remendar as paredes caídas, como um quebra cabeça. Leva muito menos tempo pra jogar tudo fora do que para tentar encontrar os pedaços quebrados que se encaixam.
Devemos ficar atentos as nossas obras, para notarmos as rachaduras e problemas antes que elas se tornem irreparáveis. Nossos relacionamentos, em especial, sofrem com a ação do tempo, com as paredes mal construídas, logo surgem rachaduras e problemas que merecem nossa atenção, mas se deixamos de lado, elas podem se romper e derrubar tudo o que construímos, basta uma parede fraca para levar um castelo inteiro ao chão. Assim como sempre é tempo de recomeçar, sempre é tempo de reformar. Não querer ver as rachaduras não as faz deixar de existir.
Assim como os caminhões e repórteres da limpeza da minha rua, existem também esses personagens em nossa cidade: os caminhões são os amigos que nos ajudarão a limpar a obra, reconstruir e analisar a melhor forma de recomeçar. Já os repórteres serão aqueles que tentarão a todo o momento nos lembrar da tragédia, aquelas línguas que se aproveitarão da nossa dor para crescer, para aparecer. Por isso é importante manter os locais em obra sempre isolados, com acesso apenas aqueles que mais confiamos, para que a dor da queda não seja ainda maior e mais exposta.
Temos que planejar nossa cidade, nossas construções, nossa vida, para que o tempo não destrua nossa história. Para que possamos caminhar sem precisar sempre voltar para limpar entulhos que ficaram para trás. É claro que vez ou outra uma obra mais antiga vai precisar de uma revisão, mas se construirmos com paciência, calma e oração, as paredes só precisarão de uma pintura, pois serão sólidas.
Por fim, o tempo de recomeçar é imediato após a queda. Limpando nosso coração e nossa alma, sempre vai existir um espaço novo para novas oportunidades, não é possível construir sobre escombros. Não importa o quão grande tenha sido o prédio que caiu, não importa o quanto vai ser difícil a limpeza e o recomeço, sempre existe uma chance nova e talvez, algo tenha que desmoronar para que possamos ver que, atrás daquelas paredes, existe um campo muito maior e melhor. Um lugar pra expandir, um lugar pra recomeçar.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

MÚSICA PARA O TEXTO: TE ENCONTRO DENTRO DE MIM


TE ENCONTRO DENTRO DE MIM


                Na história do jardim do Éden, Adão, após comer o fruto e se “descobrir” nu, correu e se escondeu ao ouvir que Deus se aproximava. A Bíblia é sempre atual porque trata de temas eternos para nós, a história de Adão e Eva, por exemplo, nos mostra algo muito presente em nossa vida e especialmente nos dias de hoje: o problema de se encontrar com Deus. Por muito tempo Ele foi pregado como furioso e implacável, isso reflete na sociedade atual de uma forma muito poderosa, que tem descoberto na tecnologia uma forma de autossuficiência, a desnecessidade desse Deus. A questão é que Ele está presente e como Adão, podemos no máximo nos esconder Dele, sem saber que Ele sempre vai nos encontrar.
                Sempre gosto de repetir: Deus É Amor. Quem O transformou em um Deus furioso fomos nós mesmos. Pense em tudo o que aconteceu com Adão, ele comeu o fruto, viu seu pecado e se escondeu de Deus. Todas as atitudes que afastaram o homem do Senhor foram dele mesmo. Não foi Ele quem se escondeu de nós, mas sim nós que nos escondemos Dele. O que afasta as pessoas de Deus é pensar que Ele é cheio de julgamentos contra nós, mas somos nós mesmos quem estamos nos dando um fardo e uma visão pesada demais do Senhor de Amor. E por quê?
                Gênesis 2, 25 descreve que o homem e mulher estavam nus, mas não se importavam. Após comer da Árvore do Bem e do Mal, o homem percebeu sua nudez e se envergonhou. Deus não queria que nós conhecêssemos sobre o bem e o mal, mas nossa curiosidade nos levou a comer da Árvore para termos esse conhecimento. Foi então que o homem viu o que ele realmente era, ele se envergonhou por ser pecador e se escondeu de Deus. Mas se pensarmos, Deus sempre via o homem dessa forma, pois apenas Ele tinha o conhecimento da Árvore do Bem e do Mal, o que afastou o homem de Deus, foi a vergonha de ser humano, não raiva ou ira Divina. Deus sempre quis o homem ao lado Dele, a Bíblia nada mais é do que uma sucessão de provas divinas de Seu Amor por nós e nós sempre soberbos, fugindo Dele. O que houve após o homem comer o fruto não foi um castigo de Deus, mas sim consequência da descoberta do homem.
                Deus queria nos proteger de conhecer a nós mesmos, de vermos a face humana capaz de causar dor, ódio, sofrimento. Conhecer o bem e o mal é uma responsabilidade grande demais para se carregar por isso Deus tomou ela para Si. O poder de se ter conhecimento pode facilmente corromper nosso coração e foi o que aconteceu de fato: pouco a pouco, nós fomos nos tornando auto-suficientes. Deixamos de lado a fé em Deus para acreditar nos ídolos humanos. Criamos um abismo entre nós e Deus por vergonha dos nossos erros e jamais conseguiríamos sair dele por desejo próprio. Nosso coração estava tomado pelo medo, precisávamos de uma forma de voltar para Deus, de algo que mostrasse que Ele não estava furioso conosco. Como uma criança que faz algo errado e se esconde até que o pai se acalme.
                Cansado de nossas fugas, Deus precisou encontrar uma forma radical de nos chamar de volta: vir até nós e anunciar Seu Amor, em Jesus Cristo. Depois de todas as desobediências, de todas as brigas e conflitos entre os homens e Deus, Ele veio e selou de uma vez por todas a sua Aliança de Amor conosco. Por Jesus conhecemos o verdadeiro Deus, aquele que Ama incondicionalmente e que para chegar até Ele, basta deixar de lado nossa prepotência e permitir que o Amor invada nosso coração. E o que nós fizemos? Matamos Deus. E Ele ressuscitou e derramou o Espírito Santo no Pentecostes. Mais uma prova de Amor. Assim segue a humanidade em meio a demonstrações infinitas do Amor do Senhor por nós.
                Essa história se repete todos os dias, em nossa vida e na vida de cada ser humano. Pense no início de nossa vida: quando crianças, somos apaixonados por tudo, pela vida, pela família, cada dia é uma benção. Somos como Adão e Eva, livres no jardim, sem preocupações, sem vergonha de nós mesmos. Porém ao longo de nossa vida vamos nos tornando prisioneiros de nós mesmos, das nossas limitações dos nossos medos, das nossas “vergonhas”. Nos escondemos de tudo e de todos, especialmente de Deus.
                Porém nos escondemos não porque Deus nos condena, mas porque nosso próprio coração e o mundo nos condenam. De fato, somos escravos deste mundo, pois o conhecimento que temos dele nos torna maldosos, preconceituosos, violentos, competitivos, entre tantas outras coisas. Todas as coisas ruins geradas pelo homem, só acontecem porque temos nos escondido de Deus e evitamos olhar para nós mesmos, o homem se envergonha de sua nudez, de sua fraqueza e isso o impede de ser livre diante do Amor. Porém o encontro com Deus é inevitável e está mais próximo de nós do que somos capazes de imaginar.
                A sociedade autossuficiente de hoje nos esconde o mal, maquia a realidade humana, cheia de defeitos e finge que o homem é bom e poderoso. Acreditamos firmemente nisso e nunca refletimos sobre nosso próprio coração. Não nos viramos do avesso e vivemos na imagem da perfeição que falsamente construímos de nós mesmos. Fingir que não somos capazes de realizar o mal gera um silêncio que pode ser muito destrutivo para nossa vida. A maior libertação da minha vida, por incrível que pareça, foi aceitar que sou mal e imperfeito. Só assim percebi que precisava de Deus e do Amor Dele por mim. O problema é que como Adão e Eva, na maioria das vezes, ao ver nosso pecado, tecemos tangas de folhas para esconder nossa vergonha.
                Ser livre diante de Deus é não ter vergonha do mal que sou, o conhecimento sobre o mal eu já tenho, é meu pecado original, porém Ele me convida a não me envergonhar do que sou e restaurar, por Jesus, o Amor livre em meu coração. Então podemos encontrar o Senhor e compreender que Ele está dentro de nós, mais profundo que nosso pecado. A criação se deu antes do nosso pecado, assim, no fundo de nossa alma, temos o chamado de Deus, que foi coberto pelo mal que somos. Antes do mal, Deus já tinha feito tudo o que é bom.
                Quando me escondo de Deus por causa do meu pecado, O encontro dentro da minha alma, no mais profundo do meu ser. Por isso é tão difícil encarar nosso mal, pois imediatamente sentimos vergonha, medo e tristeza por sermos tão indignos de tanto Amor, mas o Senhor sempre dá seu grito, que incomoda nosso espírito, que nos deixa desnorteados e é grande demais, pois no fim, Deus não está falando fora de nós, mas sim de dentro. Basta ter coragem de ouvir.

COMO EU ME SINTO NO RETIRO QUANDO...

... DISTRAÍDO, ME SENTO NO GRUPO DE PARTILHA ERRADO.

hahaha oi gente, como eu estava dizendo... eu... não sei onde estou... hahaha

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

... ME DIZEM: EI THÁCIO, O LANCHE DO RETIRO ESTÁ SERVIDO.

E ENTÃO ME DIZEM: MAS VOCÊ É SERVO E 
SERVO COME POR ÚLTIMO, PODE ESPERAR ALI SENTADO.
 
 E O QUE SOBRA NO FINAL DO LANCHE...

Hahaha OoOo Vida de gado... Povo marcado, Ê! Povo feliz... hahaha

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

... ESTOU NA REUNIÃO E O COORDENADOR AINDA NÃO CHEGOU.
hahaha Uhulllllll... Reunião é diversão!!!... Quer dizer... Silêncio... hahaha

OS PASSOS (SINTOMAS) DE JEJUM...

COMEÇA O PROPÓSITO!
01. NEGAÇÃO - VOCÊ TERÁ QUE FICAR UM MÊS 
SEM COCA-COLA...

02. ACEITAÇÃO - EU SEI QUE CONSIGO!!! AHHHHH

03. INÍCIO - AEEEE É MAIS FÁCIL QUE PENSEI... LÁLÁLÁLÁ... PREFIRO PEPSI...

04. MEIO - COMEÇA A FICAR DIFÍCIL... EU SEI QUE CONSIGO... 
EU SOU MAIS FORTE QUE UM COPO DE COCA-COLA

05. MEIO - PENSO EM DESISTIR... VOCÊS SÃO FORTES, CONTINUEM...
06. QUASE NO FIM - GOSTOSO É VIVER, COCA-COLA... MIM PRECISA DE COCA...

07. ÚLTIMO DIA - AMANHÃ É DIA DE COCA-COLA...
hahaha até que foi fácil... Amém... hahaha

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

É POSSÍVEL NÃO CRER?


            Não fui religioso a minha vida toda, minha conversão é bem recente, sou ainda uma criança tentando entender no que creio, aliás, em Quem creio e por que creio. Sei apenas que Deus existe, se revelou plenamente a nós através de Jesus Cristo e deixou uma Verdade incontestável sobre Si mesmo: Deus é Amor, Verdade essa que é essencial para compreender esta reflexão. Muitas pessoas me apresentam diversas razões para NÃO acreditar em Deus, em Jesus, na religião e de fato muitas dessas razões são muito convincentes e interessantes. Por um tempo de minha vida, me considerei um ateu e tais justificativas sairiam facilmente de minha própria boca e eu estaria plenamente convencido delas. Porém hoje, minha dúvida relacionada ao ateísmo é outra: É possível não crer?
            Em primeiro lugar temos que validar o termo “crer”: Digamos que uma pessoa me afirma algo, cabe a mim discernir se eu acredito ou não naquela verdade que me contaram. Assim é nossa Fé, Jesus veio ao mundo e disse diversas coisas, dentre elas que Ele é Deus, cabe a nós acreditarmos ou não nessa Verdade. Por isso o termo crente: aquele que acredita na Verdade de Jesus, não aquele que acredita em Deus, Deus é outra história, na minha opinião, não se acredita em Deus, se encontra e esta é a razão que me deixa tão perplexo: é impossível ser racional e não encontrar esse Senhor de Amor.
            Logo que encontramos Deus, somos chamados a procurar a Verdade sobre Ele, então descobrimos Jesus, que nos disse sobre o Caminho, a Verdade e a Vida. Certa vez um amigo questionou: Só acredito em Deus se Ele vier aqui e mostrar que é Deus, respondi: Mas Ele já fez isso, mesmo assim, muitos continuaram sem acreditar. Essa é a questão de fé, acreditar em Jesus Cristo, que eu creio e assim, encontrar o Amor de Deus ou como muitas vezes acontece (inclusive no meu caso), encontrar o Amor de Deus e então crer em Jesus Cristo.
            Nós fizemos uma grande confusão sobre Deus, muitas vezes, excluímos uma das questões o que é um grande risco para nossa fé, gerando consequentemente diversas doutrinas sobre Deus e o ateísmo: Muitas pessoas religiosas creem, mas nunca encontraram o Amor de Deus, o que gera cristãos frios e sem misericórdia, isso afasta novos cristãos: Imagine se Jesus fosse alguém apático, cruel e acusador, como alguém poderia crer que Ele era o Deus do Amor? Esse é o mesmo problema dos cristãos que não descobrem Deus, sem Amor, é impossível pregar o Cristianismo, pregarão apenas uma doutrina vazia, pois o que preenche as Palavras do Cristo são as atitudes que O acompanhavam.
            Por outro lado temos aqueles que descobrem o Amor de Deus e depois descobrem a Verdade em Jesus Cristo e é nesse ponto que acredito que não é possível não “crer” em Deus, pois é impossível, ao longo de nossa vida, não encontra-Lo. Resumindo: é possível não acreditar em Jesus, mas impossível não encontrar Deus (particularmente, acredito que uma vez que se conhece verdadeiramente Jesus, é impossível não acreditar, mas isso não vem ao caso nessa reflexão).
            Existem diversos argumentos para atacar a existência de Deus e a maioria deles está diretamente ligada a valores humanos: a Igreja pecadora, a violência, desastres naturais e o próprio ser humano. De fato é impossível, observando as obras ruins deste mundo e do homem, enxergar Deus, assim, se ficamos presos a esses valores, nunca encontraremos Deus e nos chamaremos ateístas. O mundo é realmente terrível e cheio de sofrimento, o homem é capaz de atrocidades inimagináveis e sua capacidade de realizar o mal é assustadora. O problema é que associamos essas obras a Deus, como se Ele fosse responsável por esses atos. Porém Jesus foi bem claro: Deus é Amor, o que não é feito com Amor, não é Deus. As pessoas estão procurando Deus onde Ele não está, por isso, não o encontram.
            Outra grande argumentação contra a existência de Deus é a velha briga entre ciência e fé. A cada nova descoberta científica as discussões ganham lenha e o fogo entre os religiosos e os ateístas fica mais forte. O grande problema é que estas discussões são sem fundamento por ambas as partes: Por que a descoberta de um novo planeta ou uma nova partícula ou qualquer outra coisa nega a existência de Deus? Para mim apenas afirma que existe Alguém grandioso demais para ser compreendido por nós e essa busca por ciência nada mais é que um grande sinal da existência de Deus. Busca: essa é a palavra onde encontraremos Deus.
            Santo Agostinho afirmava: o homem tem um vazio dentro de si do tamanho de Deus. É um buraco bem grande. O vazio precisa ser preenchido e para ser preenchido é necessário BUSCAR aquilo que nos tornará completos: Deus. A lógica é muito simples: Deus, muito esperto, precisava de uma maneira de nos fazer encontrá-Lo, para isso, Ele nos deixou com um imenso vazio, para termos vontade de buscá-Lo. Isso é a minha conclusão sobre o que torna impossível não crer, pensando racionalmente: todos temos esse vazio existencial, seja cristão, ateísta ou qualquer outra religião, todas as seitas e doutrinas, toda a ciência e tecnologia, todo o movimento do mundo é guiado pela nossa busca por algo (Alguém). Se não fosse nossa necessidade da busca (na psicanálise chamam isso de objeto perdido), nosso desejo de algo que não sabemos o que é, o mundo estaria parado, nada se desenvolveria, nem mesmo nosso pensamento. Sem desejo não existe busca e sem busca nada se encontra, nada se desenvolve.
            O vazio existencial é a prova de que Deus existe e precisa ser encontrado. Claro que nós tentamos a todos os momentos preencher esse vazio com diversas outras coisas, o que gera os pensamentos ateístas e outras doutrinas religiosas. A ciência existe porque o homem BUSCA encontrar algo além dele mesmo e se preencher, o capitalismo existe porque o homem BUSCA se preencher com os bens materiais, as religiões existem porque BUSCAM preencher seu espírito. Não é necessário um telescópio ou um microscópio para encontrar Deus, basta olhar dentro do nosso próprio coração. Basta ter coragem de assumir que eu tenho necessidade de algo que eu não sei o que é, que eu passo todos os dias da vida buscando me preencher e então você estará pronto para ENCONTRAR Deus.
            A Igreja Católica afirma que é possível encontrar sementes da Verdade sobre Deus em diversas doutrinas, mas a Verdade completa se encontra em Jesus Cristo, o Senhor que se revelou. Esse é o fato mais interessante sobre a busca de Deus: diversas doutrinas espirituais orientais encontraram formas de se aproximar de Deus através do contato consigo mesmo e diversos monges e freis católicos também descrevem Deus em experiências de descobrimento pessoal. A questão é que em Jesus já temos esse manual completo.
            Enfim o que acredito é que crer em Jesus Cristo e encontrar em Deus são duas experiências complementares, porém diferentes. Muitas pessoas afirmam que sentiram Deus ao ver o pôr-do-sol, outras encontraram Deus em uma análise da própria história, outras num momento de silêncio, outras em momentos de dor, ou seja, momentos que nos fazem olhar para dentro de nós mesmos e questionar nossa existência, momentos em que o vazio dentro de nós fala mais forte. Muitos desses talvez não acreditaram em Jesus ou sequer tiveram a chance de conhecê-Lo, mas encontraram Deus e uma vez que encontramos o Senhor, crer se torna natural. Respondendo ao título do texto: é possível não crer? Sim. Mas é impossível não encontrar, cedo ou tarde, estaremos diante Dele.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

TODO MUNDO TEM...

... UM AMIGO CHATO, MAS QUE SUPORTA.
hahaha Ser cristão não é fácil... Deus tá vendo... 
Muitos anos a menos no purgatório hahaha

QUANDO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

... ESTOU DE JEJUM E MEUS "AMIGOS" 
FICAM ME OFERECENDO O QUE NÃO POSSO.


hahaha Me deixa... Espero que você coma esse 
chocolate e tenha um bela diarréia... hahaha

O DISTANCIAMENTO SOCIAL


                É engraçado pensar que a poucos anos eu trocava cartas com parentes distantes. Era uma grande emoção ver algo escrito a mão por aquela pessoa que não se via a muito tempo, ver a forma da letra, o papel, aquilo realmente fazia o distante se tornar palpável para nós, era um pedacinho dela, que se aproximava do nosso coração. Então surgiram os e-mails, logo depois a explosão da telefonia e evoluindo ainda mais, as redes sociais. Até as pessoas mais distantes ficaram a poucos cliques de distância. Todos estão ali, online, o tempo todo.
                Interessante notar que o mundo e as pessoas de hoje estão completamente conectados, temos internet nos telefones e telefones nos computadores. Temos nossos amigos reunidos em uma só página e em um só grupo de e-mails. Partilhamos nossas emoções, nossas alegrias, nossas tristezas, tudo o que acontece em nossa vida, 24 horas por dia: fotos, textos, 140 caracteres, vídeos, tudo está exposto. Todos sabem quem somos, todos estão curtindo o que vivemos, todos estão nos observando e nós estamos observando a todos. Nunca os outros foram tanto de nós e nós nunca fomos tanto dos outros. Mesmo assim, as pessoas nunca foram tão carentes, isoladas e depressivas. No mundo onde o social está presente o tempo todo, nos sentimos cada dia mais sozinhos.
                O que entendo é que não estamos nos sentindo sozinhos, mas sim vazios. No mundo social, onde expomos toda nossa vida, vamos nos esvaziando de tudo o que somos em função de mostrar aos outros e tantas vezes mostramos mentiras sobre quem gostaríamos de ser. Do lado oposto, nos preenchemos da mentira dos outros, daquilo que eles nos mostram. Somos um completo vazio nos preenchendo do vazio dos outros. Estamos nos tornando vazios porque estamos vivendo aquilo que queremos ser para os outros, não o que de fato somos, não estamos criando nossa própria personalidade, não temos nossas próprias opiniões, nosso próprio pensamento, gostos, desejos, sonhos. Somos apenas levados pela vida e pelos relacionamentos falsos.
                Antes das redes sociais tínhamos relacionamentos verdadeiros, construídos pela presença, pelas conversas pessoais, pelos encontros. Hoje passamos o dia todo conversando com os amigos, mas temos pouquíssimo relacionamento pessoal, nossa vida é tão agitada que substituímos os encontros por mensagens de texto e é comum, quando nos encontramos, passarmos grande parte do tempo “conversando” com outros amigos pelo celular. Nós nunca estamos presentes.
                É impressionante como esse falso relacionamento tem nos aprisionado e nos viciado. Quem nunca viveu o desespero de perder o celular ou ficar sem bateria o dia todo? Não conseguimos mais deixar de estar online 24 horas por dia, estamos vivendo para que os outros vejam que estamos disponíveis. Na maioria das vezes, nesses dias que passamos off-line, percebemos que a vida continua a mesma, que criamos expectativas sobre nossos relacionamentos, esperando uma ligação de alguém, uma mensagem diferente, algo extraordinário, que muitas vezes, não acontece. Apenas mais um dia. No fim, poucos são aqueles que “curtem” nosso status ou compartilham nossos “twittes” e estão realmente interessados em nós.
                Outra complicação grave das redes sociais é o quanto podemos nos aprisionar na vida dos outros. Somos tentados a ficar atualizando a página do Facebook apenas para ver as novidades e fofocas da vida alheia, esperando que algo de mais interessante aconteça. Em relacionamentos amorosos isso se torna ainda mais grave, pois a rede social pode se tornar uma fonte terrível de ciúme e brigas, muitos abrem o perfil do outro antes de abrir o próprio.
                A socialização pelos aparelhos móveis, como celulares e tablets tem gerado um grande isolamento do mundo exterior, pois nosso mundo passa a ser apenas aquele pequeno aparelho, que passa a direcionar nosso olhar. Note que vivemos nos mundo onde todos se esbarram, mas nunca se olham, estão fixos em seus telefones, em seu mundo, dizem um: me desculpe, sem sequer tirar os olhos da tela.
                Quando Jesus passou por aqui ele mostrou o verdadeiro social: foi até as pessoas, as tocou, abraçou, as ouviu e falou. Ele mostrou a importância de NOTAR cada pessoa. Porém com a falsa idéia de social que temos hoje, ficamos cada vez mais distantes dos outros, nosso mundo se fecha apenas para aquilo que cabe dentro do nosso celular, estamos deixando de ver o irmão do lado, estamos nos direcionando apenas para nós mesmos.
                Não sou otimista em relação a este ponto, pelo contrário, acho que esse distanciamento tende a piorar ao longo dos anos. Imagino que um dia, no futuro, estaremos presos dentro de nossas casas, fazendo eventos pelas câmeras do celular, onde ninguém se encontra de verdade. Andaremos na rua com um capacete que não nos deixa ver nada a nossa volta. Ficaremos cada dia mais trancados e solitários. A depressão será o mal do século. Será que esse futuro já chegou? Um dia imagino que alguém terá coragem de tirar o capacete e ver que existe um mundo ao seu redor. Espero que seja eu, espero que seja você.

COMO EU ME SINTO NA MISSA QUANDO...

... TENHO QUE DAR A PAZ DE CRISTO PRO MANOLO AO LADO.
hahaha A paz de... Tá coçando meu nariz aqui... Até logo... hahaha

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

... ALGUÉM PEDE ALGO EMPRESTADO E EU DIGO: SEGURA AÍ

hahaha Desculpa aí amigo, da próxima presta atenção... hahaha

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

... FAÇO UMA PIADA DURANTE UMA REUNIÃO, SOBRE UM TEMA SÉRIO.

EXPECTATIVA

REALIDADE

hahaha Desnecessário Thácio... Desnecessário... hahaha

Porque a vida pode ser mais divertida, manolos...

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

... A PREGAÇÃO É SOBRE UM TEMA MUITO CHATO.

E ME PERGUNTAM SE EU CONCORDO...

hahaha É claro que eu sim... esse assunto... é tipo... 
muito interessante... o que seria da vida sem isso... hahaha

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

...CUMPRIMENTO ALGUÉM QUE EU ACHO QUE CONHEÇO.

A MINHA REAÇÃO E A REAÇÃO DA PESSOA
Hahaha Ei pessoa! Quem bom te ver de novo... 
Ou pela primeira vez... Ou te ver... Ei pessoa! hahaha

LEITORES DO REZO, LOGO EXISTO

          Acabei de acessar a página de estatísticas do blog e fiquei muito feliz com os resultados, agradeço imensamente a todos os leitores do blog e espero que estejam gostando dos textos, das piadinhas e de todo o conteúdo, sempre aceito sugestões, seja para temas dos textos, piadas, etc.

              Para minha maior surpresa, segundo as estatísticas, temos leitores internacionais, com visualizações da Rússia, Alemanha, Estados Unidos e Japão, sei lá se isso é defeito do blogger ou não, mas mesmo assim: Бог любит тебя, Gott liebt dich, God loves you, 神はあなたを愛して, Deus te ama.

 Agradeço a todos!
Fiquem com Deus!

Thácio Leite

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

GANHANDO XP (EXPERIÊNCIA)


                Na minha adolescência sempre gostei muito de jogos de RPG e aventura. Nesse tipo de jogo, escolhemos um personagem que se inicia no nível 1, vamos evoluindo e a cada nova aventura, a cada batalha vencida, ganhamos os XP (eXperience Points), pontos de experiência e que, atingindo uma certa quantidade, ganhamos o nível 2 e depois 3 e assim por diante. A regra é simples: quanto mais difícil a batalha, mais pontos de experiência se adquiri e quanto mais evoluímos, mais fácil fica de vencer as batalhas menores, porém somos chamados a batalhas ainda maiores, pois o emocionante do jogo é sempre ter que vencer um desafio novo, maior do que aqueles que você já enfrentou. Se não enfrentamos batalhas grandiosas, que nos desafiam, nos acostumamos com aquilo que é fácil, mas aprendi nos jogos que você pode se esconder por um tempo dos grandes chefes, mas uma hora, eles te encontrarão e desafiarão suas capacidades. Se você estiver sem lutar por muito tempo, a batalha será muito mais difícil.
                Nesses jogos, existe a função do Mestre, que é o responsável por narrar a história e criar os desafios que os jogadores enfrentarão. É uma função interessante e complexa, pois o Mestre tem sempre que "perder" para os jogadores. Ele tem que criar desafios que sejam difíceis e recompensadores, que gerem experiência, mas os jogadores tem que vencer as batalhas, caso contrário, o jogo acaba. O bom Mestre de RPG é aquele que é desafiador, mas que permite a vitória dos jogadores com orgulho de terem vencido sua batalha e que sempre tem na mente uma nova aventura.
                Sempre fui um sonhador e acredito que a vida é como nesses jogos. Somos chamados a evoluir, ganhar experiência e a cada novo desafio vencido, ganhamos um novo nível e somos capazes de lidar com situações maiores, os desafios menores virão novamente, mas já estaremos prontos para vencê-los com facilidade. O Mestre é Deus, que está por trás dos nossos desafios, não que Ele envie as batalhas, mas Ele nos convida a lutar, vencer e confiar que o Bom Mestre está no controle e sabe o quanto podemos suportar. Nós, humanos, somos seres limitados, dotados de infinitas capacidades, porém limitados em todas elas e durante toda nossa vida somos convidados a superar nossos limites, ir além de nossas capacidades.
                E não serão poucos os desafios que teremos que enfrentar, pelo contrário, serão muitos e cada dia maiores. Existirão aquelas batalhas mais fáceis, que dão pouca experiência e existirão aquelas grandiosas, que nos farão subir de nível. A cada batalha vencida, a cada novo desafio enfrentado, guardamos a história de como a luta foi incrível e como, naquele momento que parecia impossível, encontramos uma forma de vencer o gigante ou o dragão que nos desafiava. E ao ver o monstro caído, derrotado ele sempre parecia sempre muito menor do que enquanto lutávamos. Não que a batalha não fosse difícil, mas depois que o problema caia, conseguíamos vê-lo com mais tranqüilidade e perceber que apesar de tudo, éramos capazes de vencê-lo. Olhá-lo vencido, com a experiência ganha pela batalha, era o momento em que víamos que lutar sempre vale a pena.
                Claro que durante as batalhas somos quase derrotados diversas vezes. Caímos, chegamos no limite, algumas vezes temos que fugir da luta, restabelecer nossas forças, lembrar de nossas experiências já vencidas e reencontrar forças para continuar lutando (oração). Então voltamos para o desafio, prontos para continuar lutando e tentar vencer, apanhar, cair, chorar e lutar até nosso limite e por fim, superá-lo. Uma certa classe de guerreiros do RPG tem uma habilidade especial chamada "berserk", uma das mais interessantes: quando ele estiver quase derrotado, pode usar essa habilidade, que traz uma força maior do que ele normalmente tem, tirando de dentro de si a capacidade de vencer. Se temos uma vida de oração podemos também utilizar essa habilidade, buscar forças onde não temos, em Deus e vencer qualquer desafio.
                Para aqueles que são guerreiros, tempos de muita calmaria são sempre ruins. Nada melhor na vida do que ter desafios que nos levam ao limite, que nos ensinam a vencer e perder, a lutar e ser misericordioso, a nunca subestimar os desafios, mas ao mesmo tempo, nunca subestimar nossa capacidade de vencê-los. Um dia poderemos aceitar nossa aposentadoria, nos sentar em meio a praça e ter o coração cheio de histórias pra contar, das princesas, dos dragões, dos ogros e das vitórias. Ter as mãos calejadas por nunca ter deixado a espada cair e no olhar a espera ansiosa de um novo desafio.

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

...OS AMIGOS DIZEM: VAMOS SAIR DEPOIS DA MISSA?
hahaha Mas é claro... Smeagol curtir muito sair depois de missa hahaha

COMO EU ME SINTO NA IGREJA QUANDO...

... VEJO QUE ESTÃO GRAVANDO ALGUM PROGRAMA DE TV.
hahaha Oi... sou famoso... Oi... sou lindão... A fama me persegue hahahaha