sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ESSA TAL FELICIDADE...


                É engraçado ver as pessoas que “procuram” a felicidade, como se fosse um objeto a muito perdido e precisa ser reencontrado. A sensação de nostalgia, de lembrar que foi feliz, mas que essa felicidade se perdeu ao longo da vida: Quando era criança, quando foi adolescente, a faculdade, o início do casamento. A felicidade parecia tão presente, mas as amarguras e sofrimentos de nossa caminhada na vida a deixaram para trás.
Interessante é pensar que parece que nunca somos felizes no momento atual. Fomos felizes no passado e temos que encontrar a felicidade no futuro. O agora é um tempo infeliz em que devemos trabalhar e cumprir os ideais para o futuro perfeito. O máximo que podemos sentir agora são doses de alegria em momentos regrados, o restante do tempo são preenchidos por obrigações chatas e cotidianas.
Particularmente acredito que felicidade realmente deve ser encontrada, mas ela não é exatamente na forma como pensamos. Em suas cartas, São Paulo sempre nos recomenda: Alegrai-vos no Senhor. Paulo foi preso, torturado, perseguido, ofendido, tudo em nome de Jesus. Como é possível que recomende a alegria em todos os momentos?
Paulo encontrou a verdadeira felicidade, aquele que existe através de Cristo. Em nossa vida vamos enfrentar problemas, dificuldade e desafios, mas temos que ter o foco de que não são essas questões que podem nos tirar do caminho da felicidade. Ser feliz é uma decisão nossa, auxiliada pela força que só Deus pode nos dar.
O problema do mundo atual é que vivemos em uma cultura de infelicidade. Nossa natureza humana tem se tornado cada dia mais triste e buscamos razões para justificar nossa tristeza. O emprego não me satisfaz, meu casamento (ou relacionamento) não vai bem, meus amigos não me respeitam, não tenho paciência para estudar... Encontramos nossa tristeza e a alimentamos com nossas justificativas. Ela se torna uma desculpa pra não vivermos, batalharmos e sairmos de nossa zona de conforto.
Por incrível que pareça a depressão e a tristeza se tornaram uma acomodação em nossa vida: somos tristes e concordamos com isso, falta em nós vontade para tentar. Sim, tentar. Por exemplo, logo que algo nos aflige, como uma crise no casamento ou no namoro, o passo mais fácil é o término. Não enfrentamos as brigas, fugimos delas. Não tentamos ser felizes apesar dos problemas.
É muito comum ver pessoas insatisfeitas com seu emprego, vivem dizendo que vão abandonar o trabalho, mudar de profissão, enfim, sempre a mesma lamuria. Na maioria das vezes, nunca o fazem, passam a vida toda infelizes e insatisfeitos. É porque ainda não encontraram a felicidade “apesar de”. Paulo era feliz “apesar de” estar preso, ofendido, humilhado.
A felicidade necessita de nossa aceitação dos problemas e dificuldades. Sim, o seu emprego pode ser pesado, difícil, cansativo e você precisa trabalhar, então tente ser feliz “apesar de” tudo isso. A felicidade está em Deus e é Ele quem te sustentará em seu emprego. A fonte da felicidade não pode ser a satisfação no emprego, no casamento, nos amigos, mas apenas em Deus. Se encontrarmos a Fonte, ela será um rio em todas as outras áreas de nossa vida e frutificará os desertos que enfrentamos.
O mais comum em casamentos que terminam é o casal não conseguir sorrir mais. Tudo no cônjuge causa irritação, tudo parece errado, coisas que antes eram apenas detalhes da pessoa se tornam defeitos imperdoáveis. Novamente falta a Fonte da felicidade, ou seja, Deus nesse relacionamento. “Apesar de” todos os problemas, será que conseguimos tentar a felicidade naquele relacionamento? Somos profundamente egoístas, buscamos apenas nossa própria satisfação, nossos próprios interesses. Os outros têm que nos fazer felizes, mas e nós, temos que fazer os outros felizes?
A felicidade é uma escolha nossa. Escolher aceitar as pessoas como elas são, aceitar nosso emprego, nossos relacionamentos, nossa vida, com tudo de bom e ruim que ela nos oferece. Deixar para ser feliz no futuro é uma maneira de ser infeliz.

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